domingo, 22 de julho de 2012

E lá se vai...



...Uma amizade que um dia já foi boa. O melhor jeito, é começar a explicar como foi que tudo começou: bom, conheci a "GB" ( vou chama-la assim) na quinta série, curtimos as mesmas coisas, os mesmo sonhos, musicas, filmes... Resumindo, tínhamos algo em comum. Ela não era e nunca foi minha melhor amiga, mas não deixava de ser uma grande amiga. Falávamos de música, de como aquelas garotas metidas da sala se arrumavam, de que beber era para fracos, de que nunca ficaríamos com um garoto, só namoraríamos, nada de "pegação". Com o tempo, eu mudei de cidade, mas eu e GB ficamos conversando através de cartas, e-mail, msn e orkut. Era incrível esperar noticias e sempre prometíamos uma para a outra ficarmos juntas novamente, como fazer uma faculdade junta. O tempo foi passando (cerca de 5 anos) e as coisas foram mudando, ela sumiu e mudou completamente: começou a beber, ir a baladas, ficar com um monte de garotos, ficou metida, nojenta, só gostava de coisas de marca,... Eu mudei pouca coisa, mas ela foi demais. Depois de cinco anos, ela veio a minha casa em São Paulo, mas eu esperava a GB que eu conhecia, mesmo com muitas diferenças. Bom, no momento que ela chegou, ela já me pareceu estranha, não só pela aparência, mas pelas suas atitudes. Ela estava grossa, metida e mentirosa: minha mãe fez uma deliciosa comida, ela disse que só come peixe, a coitada da minha mãe que é alérgica a peixe, comprou um peixe e preparou para ela e a filha da p%$@ não comeu, disse que estava ruim. Eu fiz brigadeiro de colher e eu juro, juro por tudo que é mais sagrado neste mundo, ela simplesmente comeu todo o brigadeiro sozinha. E olha que eu sou chocólatra. Ela deixou bem claro que queria ir aos shoppings (levamos ela no Morumbi e no Ibirapuera), mas ela não gostou de nenhum, baladas e lugares “chics”, mas não tínhamos condições de ir a lugares assim. No segundo ou terceiro dia, ela começou o dia me dizendo assim " Yara, eu tenho que ir embora, tenho um ensaio do coral amanhã". Desconfiei, porque estávamos na época de férias, ela disse que iria passar vários dias comigo, porque estava com saudade, resumindo, ela pretendia passar pelo menos uma semana. Como ela "pensa" que é inteligente, ela ligou para a mãe dela na minha frente, no celular, e escurei a mãe dela dizendo: " Mas filha, você já quer vir embora? Você não tem ensaio, o que foi?". Ela, claro, insistiu na mentira do ensaio. Eu nesta altura do campeonato, já estava de saco cheio dela, pois vinha maltratando todos da minha família e nem liguei que ela fosse embora. Como ela adora ficar no msn (na época), eu resolvi entrar invisível no tal dia e hora do ensaio do coral, e adivinhem? Ta-dam! Ela estava online e eu confirmei a mentira. Nossa, como fiquei com raiva, a pessoa vem em minha casa, maltrata todo mundo e sem tirar que eu esperava uma pessoa que conheci e vem outra. Decepcionante. Cerca de dois anos mais tarde, resolvi dar uma chance para ela pois eu costumo acreditar que as pessoas podem mudar. Fui até o interior e dormi uma noite na casa dela e resumindo, foi o seguinte: ela disse que eu não gosto de comer qualquer coisa, não me mostrou a casa, a irmã dela me tratou mal, ela acordou e deixou a pit bull dela solta na casa, fiquei um tempão dentro do quarto até ela aparecer, ela dava gargalhadas, zombava de mim, me chamou de surda...É o que lembro. Atualmente, eu excluí ela uma vez do Facebook, mas aí dei mais uma chance (isso 4 anos mais tarde) e ela continuou a mesma. Desde que nos conhecemos, já faz quase 10 anos e eu finalmente decidi tira-la da minha vida, até as cartas já queimei, qualquer lembrança, fotos... É demais alguém te humilhar porque você não tem o melhor carro, não tem um blue-ray, uma tv de plasma, um celular bacana ou tv paga. Eu me arrependo até hoje de ter aceitado que aquela coisa entrasse em minha casa. Amigo de verdade, não quer saber da sua conta bancária, mas do seu carinho por ele.

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